Uma resposta aos Aggros!
Olá, pessoal!
Na última semana, falamos do baralho Amber Steel Aggro, campeão do evento com mais de 300 participantes em Denver.
Essa semana, vamos falar de um outro baralho que fez muito sucesso no torneio, embora não tenha sido campeão. Um arquétipo que surgiu como uma das respostas à enxurrada de decks agressivos, que buscam basicamente correr para 20 de Lore e ignorar o que o oponente está fazendo.
Falaremos hoje do Emerald Sapphire Control!
Emerald Sapphire Control
Há alguns meses, tivemos um artigo com uma lista na combinação Emerald Sapphire que unia cards de aceleração de tinta com poderosas ameaças de custo 7+: O Ramp to My Will.
O baralho que vamos analisar hoje usa alguns elementos e ideias dessa lista, mas também busca adequar-se ao atual metagame, no qual seguem dominantes as estratégias baseadas nas tintas Amethyst e Steel. Essas duas tintas combinam compra de cards com controle de mesa, permitindo que o jogador tenha iniciativa e mais possibilidades de geração de Lore.
A lista Emerald Sapphire com certeza não é uma lista focada em vencer o jogo rapidamente - embora use alguns aceleradores, a função é mais para habilitar jogadas disruptivas importantes, e com isso quebrar a estratégia do adversário. Uma vez tendo o jogo firmemente sob controle, o deck é capaz de gerar Lore rapidamente e atingir a vitória antes que o oponente consiga restabelecer seus recursos.
Este é o plano de jogo geral do baralho! Vamos apresentar a lista e em seguida analisar cada card, para entender sua função.
A lista
Embora não se possa dizer que existe uma lista definitiva do arquétipo - afinal, como bom deck controle, é necessário adaptar-se ao metagame esperado, e flexibilizar algumas escolhas no deck -, vamos utilizar a lista que Gary Nicholson levou ao Top8 do ProPlay Denver 15K, nos EUA, torneio com 303 participantes.
Antes de mais nada, obrigado ao InkDecks por disponibilizar as listas do evento!
A lista apresentada parece estranha à princípio, já que a curva de tinta é bastante pesada, e com buracos aparentes - por exemplo, nenhum card de custo 5 presente, e inúmeros cards de custo 6+. Mas como veremos a seguir, o deck possui diversas ferramentas que mitigam essa questão da velocidade.
Os primeiros turnos - seleção de cards e aceleração


O deck possui diversos cards de alto custo, então nada mais natural que compense isso com uma boa leva de cards de baixo custo, para que você não fique pra trás nos turnos iniciais.
Para além disso, os cards de baixo custo da lista buscam sempre fazer 1 de 2 coisas: ou acelerar suas próximas jogadas, permitindo que você crie mais tinta no mesmo turno; ou manipular seu deck e selecionar os cards certo para os próximos turnos.
Sail the Azurite Sea e Tipo são os aceleradores escolhidos, e desde o turno 2 eles irão permitir que o deck salte 1 curva de tinta. Isso faz com que jogadas muito eficientes, mas de alto custo, sejam possíveis alguns turnos antes - fundamental para manter o tempo do jogo.
Já Improvise, Vision, Bobby, e Clarabelle fornecem compra ou seleção de cards, o que permite um desenvolvimento fluido entre seus turnos iniciais e meio de jogo, em que na verdade você já está utilizando seus cards mais pesados.
Importante registrar que nenhum destes cards iniciais é não-tintável, o que significa que eles mantém sua utilidade mesmo em jogos mais longos, desenvolvendo sua tinta ou fornecendo mais cards em turnos mais avançados.
A curva 4 - O ponto de virada

A partir do turno que você faz a quarta tinta, o deck começa a ter um foco maior em personagens resilientes e controle de mesa.
Scrooge e Donald são personagens de Willpower alto, e que suportam Desafios bem. Donald também tem a vantagem de recuperar cards para você ao longo do tempo, com cuidado, já que ele também beneficia seu oponente.
Baymax pode parecer estranho de ser incluído na curva 4, mas não se esqueça que ele pode ser jogado por Shift, e como é o único personagem do jogo com Universal Shift, você pode transformar qualquer um dos seus em um poderoso 5/5, curado de qualquer dano, e com custo 6 - muito relevante para canções, como veremos mais à frente.
Por fim, You’re Welcome é uma resposta quase universal disponível em Emerald, e além da flexibilidade para lidar com basicamente qualquer ameaça do jogo, é também tintável. Uma combinação que faz jus às 4 cópias no deck.
O novo Be Prepared - Canções que limpam a mesa!

Chegamos aqui num dos pontos-chave do deck, e uma combinação que explica bem o motivo deste deck conseguir lidar com quaisquer ameaças dos adversários.
Under the Sea é uma das poucas ferramentas disponíveis no Core Constructed para eliminar diversas ameaças da mesa, já que a poderosa Be Prepared foi rotacionada do formato.
Contudo, Under the Sea possui uma limitação de só lidar com personagens de poder 2 ou menos - e aí é onde entra a outra canção, Heads Held High, que concede -3 de poder para os personagens do oponente. Ou seja, jogadas no mesmo turno, a combinação irá mandar para o fundo do baralho do adversário todos os personagens de poder 5 ou menor que controle!
Eventuais exceções, personagens maiores que a combinação Heads Held High-Under the Sea não atinja, podem ser lidadas com You’re Welcome, que mencionamos na seção anterior.
Pode parecer que é uma jogada dificílima, já que envolve um card de custo 6 e outro de custo 8, mas o segredo aqui é que ambas são Canções, e ambas possuem Sing Together! Assim, com alguns personagens disponíveis na mesa, se torna bem mais fácil cantar uma delas, e usar a tinta para jogar a outra. É possível fazer isso já no turno 5, por exemplo - um turno fundamental, pois é quando os decks aggros querem estar em situação de vencer o jogo nos próximos turnos!
O topo da curva

Por fim, vamos falar dos personagens maiores do deck, cuja função é ajudar no controle do jogo ao mesmo tempo que estão em posição de gerar Lore e serem condições de vitória.
John Silver, Basil, e Hades, todos irão lidar com uma ameaça do oponente assim que forem jogados, ainda que de maneiras diferentes.
John Silver impede continuamente o uso de um personagem adversário para Quests, e caso seja um personagem pequeno, que não sobreviva bem a Challenges, acabará sendo obrigado a se jogar na frente de um dos seus personagens maiores.
Basil escolhe um personagem específico para devolver à mão, então é uma excelente tempo play. Além disso, se por qualquer motivo o oponente não rejogar o card, corre o risco de perdê-lo do mesmo jeito, já que Basil também pode obrigar o descarte quando fizer seu Quest.
Hadessegue na mesma linha, porém com um pouco mais de cautela, já que é um card não-tintável, portanto pouco flexível, e que por sua vez amplia a tinta disponível para o oponente. Por essas razões, fica apenas com duas cópias.
Terminando os topos da curva, temos Clarabelle. Importante lembrar que ela pode ser jogada por Shift, já que o baralho usa sete outras Clarabelles menores. Além disso, a habilidade dela é fundamental para acompanhar decks que compram muitos cards - em especial as listas Amethyst, que mencionamos no início do artigo.
Conclusão
Nos últimos artigos, analisamos justamente uma lista Midrange, uma Aggro, e agora uma Control, todas encontrando sucesso dentro do metagame competitivo de Lorcana no Core Constructed pós-rotação.
Sem dúvida, isso demonstra a atual riqueza e profundidade da pool do jogo, mesmo com uma rotação que tirou 4 edições - os decks continuam se desenvolvendo e demonstrando variedade e estratégias interessantes.
Espero que tenham gostado! Como de praxe, deixem seu feedback, sugestões, e etc., nos comentários abaixo.
Abraços, e até a próxima!












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