Lorcana: Análise do DLC em Cingapura!

Olá, pessoal!

No último dia 29 de novembro, tivemos o primeiro Disney Lorcana Challenge da atual temporada competitiva na Ásia! O evento aconteceu em Cingapura, no belíssimo Marina Bay Sands Expo & Convention Centre.

Foi um evento bem interessante e diferente dos anteriores que já aconteceram nessa temporada! Se você quiser conferir nossos artigos sobre os DLCs anteriores, tivemos o DLC Bologna e o DLC Milwaukee.

Vamos então falar do DLC em Cingapura!

O DLC de Cingapura teve algumas peculiaridades em relação aos ocorridos anteriormente, e por isso é importante falar dessas diferenças, para entender algumas questões, especialmente envolvendo escolhas de decks e cards específicos vistos nas listas.

Este DLC foi jogado inicialmente em Melhor de 1, ou seja, um único jogo para decidir o vencedor da partida.

O evento contou com 409 participantes e teve 7 rodadas de suíço antes do corte para o Top 64. Até o Top 16, continuou-se em Melhor de 1, e a partir do Top 8 é que se passou ao padrão Melhor de 3, e daí até a final.

Metagame

Quando se analisa o metagame de um evento como esse, é visível a diferença nas escolhas entre baralhos pensados para uma Melhor de 3 e uma Melhor de 1.

Além da questão de ajustes dos tech cards, a própria escolha de decks é afetada, já que a tendência é ver ainda menos decks experimentais. Inclusive, pela natureza do Melhor de 1 - ou Bo1, para simplificar -, decks mais rápidos são favorecidos, já que conseguem estabelecer uma posição de vitória mais rapidamente, e com isso conseguem forçar mais o adversário. Isso vai resultar em erros ou jogadas subótimas, favorecendo o deck mais agressivo.

A organização deste DLC não fez um apurado do Metagame, mas o que se viu foi a continuação da dominância entre 3 cores: Amethyst, Sapphire e Steel. Quaisquer duas dessas três, no metagame atual, indicam um baralho já mais estabelecido, testado e aprovado, como se observa dos resultados dos DLCs nos EUA e na Europa.

Portanto, não é surpresa saber que Amethyst-Steel foi o deck mais popular no Top 64 do evento, em especial após o deck ter vencido o DLC em Milwaukee, mostrando muita força e resiliência. Dois elementos que são ainda mais relevantes num ambiente Bo1!

Um exemplo de decklist do arquétipo chegou ao vice-campeonato no Challenge. Inclusive, aproveitando para agradecer o esforço do InkDecks em reunir e divulgar as listas!

Em outro ponto, novamente vimos também poucos decks com Ruby se sobressaindo. Se hoje temos um topo do metagame dominado pelas variações entre as 3 cores já mencionadas, infelizmente é de se considerar também as combinações ligadas com Ruby no momento inverso, ou seja, na parte baixa dos tiers do meta.

Contudo, talvez haja uma luz no fim do túnel: uma interessante lista fez Top 32 no evento - o melhor resultado de um deck com Ruby no torneio. O destaque fica por conta da interação bem forte entre Maui - Half Shark e Next Stop, Olympus, permitindo turnos de muito ganho de Lore com Maui Shark dizimando os personagens mais fracos do oponente. Uma lista com muito potencial!

O Campeão - Jacob Frank, de Amethyst-Sapphire

Jacob Frank, da Áustria, jogou 7 rodadas de suíço, e ao final delas estava com 5 vitórias e 2 derrotas. Entrou no top cut em 61º lugar, e por conta do low seed, ou seja, estar em colocação abaixo dos próximos oponentes, jogou todas as partidas em segundo. Nada disso foi capaz de impedi-lo, e ao final, já em Bo3, Jacob Frank foi coroado campeão do DLC em Cingapura!

Eis a lista do campeão:

É interessante ver como a nova edição, Whispers in the Well, já mostra seu impacto nessa lista, com algumas adições: Cheshire Cat - Inexplicable e Demona - Scourge of the Wyvern Clan, entre os personagens, e Junior Woodchuck Guidebook nos itens.

A cor Amethyst, já impactante com seus card draws eficientes, ganha mais uma ferramenta com o Junior Woodchuck Guidebook, enquanto Demona é um pouco mais condicional, mas com ótimos atributos 5-6. Cheshire Cat também tem uma excelente habilidade, que ajuda bastante contra a proliferação de personagens Resist.

A combinação com Sapphire permite unir compra de cards com aceleração de tinta, resultando num deck muito forte e muito consistente, inclusive com pouquíssimas não-tintáveis. A aceleração permite não atribuir tanto valor à curva 3 do deck, preferindo focar em 4-drops bem relevantes como Dumbo - Ninth Wonder of the Universe, Iago - Giant Spectral Parrot e Genie - Wish Fulfilled.

Por fim, no topo da curva, temos Hades - Infernal Schemer e Monstro - Infamous Whale para concluir um jogo em que falta apenas o push final para vencer.

O evento em Cingapura marcou o primeiro DLC da nova temporada fora do eixo Europa-América do Norte, sendo também muito importante para a comunidade local que está se firmando.

Esta talvez seja a coisa mais maravilhosa do evento em si: a energia de uma comunidade empolgada com o jogo, e a comemoração quando diversos jogadores locais tiveram chances reais de se sagrarem campeões em território amigo, sem contudo haver qualquer desrespeito ou desconsideração aos que vieram jogar e prestigiar o evento.

E esta foi mais uma análise! Espero que tenham gostado.

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Abraços, e até a próxima!