Olá, pessoal!
Seguindo a análise de decks com a temporada de Set Championships da edição Shimmering Skies, vamos falar hoje de um arquétipo famoso no jogo: Amber / Steel Songs!
O deck foca numa das mecânicas mais únicas do Lorcana, que são as canções, e busca tirar vantagem delas para controlar a mesa e ter mais recursos que o adversário. Não é um baralho “agressivo”, mas uma vez estabelecido o controle do jogo, consegue rapidamente atingir os 20 de Lore, em especial porque busca impedir que o oponente perturbe seus planos.
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Vamos então analisar o Amber/Steel Songs, um dos melhores “midranges” de Lorcana!
Apresentando o deck - estratégia e desenvolvimento
O que significa um deck “midrange”?
O termo “midrange” indica exatamente um deck que não é nem focado em vencer o jogo nos primeiros turnos (que seriam os “aggros”), nem focado em um jogo muito longo (que seriam os “controls”). É um “meio do caminho”, daí o nome do arquétipo. O objetivo é combater as jogadas iniciais do adversário e, aos poucos, usar cartas que gerem valor para tomar controle do jogo e a partir daí vencer.
Em Lorcana existe um tipo de carta muito especial, que são as “Canções”. Normalmente, toda carta do jogo tem um custo em tinta para você usá-la, e as canções não são diferentes. Contudo, a mecânica de canções permite que, ao invés de pagar o custo em tinta, você vire um personagem que tenha custo igual ou maior à canção (é como se o personagem estivesse cantando aquela canção da Disney!).
Pode parecer estranho, já que você “perde” um uso de um personagem para jogar uma carta da mão, mas o ponto é que você está fazendo algo que impacta o jogo ao mesmo tempo que economiza sua tinta - ou seja, ainda podendo fazer mais jogadas no mesmo turno!
Por isso os decks de Canções costumam ser eficientes contra os decks agressivos, já que conseguem lutar “de igual para igual”, mas ao invés de fazer 2+ personagens por turno, normalmente fazem uma canção E um personagem. Além disso, utilizam personagens com a habilidade Singer, que permite jogar Canções que ultrapassam o custo do personagem! E uma vez estabelecido controle da mesa com as Canções, os demais personagens do deck são eficientes em coletar Lore e assim pavimentar o caminho da vitória.
Agora que entendemos a estratégia, vamos analisar um exemplo de decklist e como cada elemento mencionado está presente nela:
Personagens “Cantores”
Estes personagens são a melhor forma de ampliar as vantagens concedidas pelas Canções, já que conseguem “cantar” para além do seu custo. Ariel e Prince Naveen são capazes de cantar qualquer das dezenove canções no deck, enquanto Cinderella consegue cantar onze (mas compensa sendo a única de custo 1, ou seja, se você começar o jogo com ela, no segundo turno já poderá cantar uma canção de custo 3!).
As Canções
Como mencionado, o deck contém 19 canções no total. Um número razoavelmente alto, mas necessário para garantir que Ariel consistentemente irá encontrar uma nas 5 do topo do deck. Dessas 19, 12 servem como remoções (controle de mesa), e são as mais importantes no início do jogo.
Cabe lembrar também que boa parte das canções (14 das 19) não serve como tinta, então tome cuidado especialmente na seleção da mão inicial para garantir que você não vai ficar sem recursos - o deck precisa chegar em pelo menos 5 de tinta para fazer suas jogadas mais poderosas.
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Os “pesos-médios”
Alguns personagens ajudam a manter a mesa controlada por meio de combate, caso o adversário use personagens que saiam do alcance das canções. Pete também tem a vantagem de impedir ações do oponente (inclusive canções!), então é crucial guardá-lo para um turno-chave que prejudique ao máximo uma jogada que seu oponente esteja montando (por exemplo, Be Prepared ou You Have Forgotten Me), ou então para proteger um dos pesos-pesados de uma remoção (por exemplo, Dragon Fire).
Os “pesos-pesados”
Estes dois personagens são o topo da curva do deck, mas perceba que ambos podem ser jogados com um “desconto” pela habilidade Shift se você já tiver um personagem do mesmo nome na mesa - e o deck joga com 4 de cada Cinderella e Robin Hood de custo 1 para facilitar essa jogada. Além de terem habilidades muito fortes, por serem personagens de custo alto também ajudam na missão de usar canções para te colocar ainda mais na frente.
Compra de cartas
Outra força do deck é a capacidade de encher a mão e, como normalmente se encontram mais canções vindas do topo do deck, usar os personagens na mesa para imediatamente cantar o que foi comprado.
A Whole New World merece destaque, pois apesar de ser um efeito simétrico, normalmente você extrai muito mais vantagem que o oponente, já que consegue jogar primeiro o que for comprado (e como você normalmente faz a carta como Canção, toda sua tinta está disponível para fazer mais jogadas).
Rapunzel é outra excelente opção que não só compra cartas como cura um personagem e adiciona mais uma ameaça na mesa (e tem uma bela sinergia com Lawrence - Jealous Manservant e Mr. Smee - Bumbling Mate, nossos “pesos-médios”).
Análise e conclusões
Agora que entendemos a função de cada carta na lista, vamos entender como é o plano de jogo do deck:
Escolha da mão inicial e primeiros 3-4 turnos: evitar cartas de custo alto que não podem virar tinta (especialmente A Whole New World), dar preferência para personagens cantores (como Cinderella e especialmente Ariel), 1-2 canções que controlem a mesa, e a tinta para iniciar as jogadas.
Meio de jogo, turnos 4-8: lidar com os personagens jogados pelo adversário e estabelecer controle da mesa, idealmente ter 3-4 personagens para 0-1 do oponente. Usar canções para remover os personagens mais fortes (ou que gerem muita Lore) e começar a calcular em quantos turnos se atinge os 20 de Lore.
Jogo longo, turnos 9+: caso o oponente tenha criaturas para combater sua mesa, usar A Whole New World para comprar e, com as canções, buscar eliminar as novas ameaças enquanto continua adquirindo Lore para vencer. Mantenha cartas como Pete e The Bare Necessities disponíveis caso precise impedir uma ação forte do oponente (por exemplo, Be Prepared).
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Lembre-se que o foco não é vencer nos primeiros turnos, e sim garantir que seu oponente não poderá remover facilmente seus melhores geradores de Lore. Uma vez que tenha exaurido recursos do oponente, aí sim deve-se “virar a chave” e passar a coletar Lore livremente para vencer a partida.
Finalizando
E assim, concluímos nossa análise! Amber/Steel Songs é um deck muito querido em Lorcana, afinal engloba uma estratégia específica para o jogo e que é extremamente divertida para quem é fã das Canções da Disney. Além disso, é um deck forte que está desde o primeiro set bem estabelecido no metagame. Mesmo já sendo bastante atualizado à medida que mais sets foram lançados, a estratégia em si não muda - afinal, as Canções são uma das principais formas de ter vantagem em tempo/tinta sobre os adversários. O deck é especialmente bom em punir adversários rápidos, já que tem muita remoção para personagens pequenos, sem, contudo, perder fôlego contra decks mais lentos e controladores, como o Ruby / Sapphire.
E você, o que achou do deck? Você usa Canções diferentes na sua lista? Compartilhe com a gente!
Abraço e até a próxima!
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