Review de Archazia's Island: os Destaques da Nova Edição!

Olá, pessoal!

No meu último artigo, falamos dos primeiros spoilers da nova edição de Lorcana, Archazia’s Island, e também da nova mecânica de cards multicor - se você perdeu, não deixe de conferir!

No artigo de hoje, agora que toda a edição já foi revelada, vamos dar uma repassada em cada cor de tinta - e nas multicores! - e falar de alguns cards que se destacam.

Como sempre, vale lembrar: Os cards dos quais falarei não são necessariamente uma lista dos melhores/mais poderosos da edição, e o intuito do artigo não é também fazer uma lista de compras da edição. A ideia aqui é apontar algumas sinergias interessantes e possibilidades. Vamos lá!

Amber

Para começar, uma dupla inseparável: Cinderella e seu famoso sapatinho!

Ficou muito divertido a forma como os designers de Lorcana pensaram a interação entre esse dois cards, na verdade, é quase no formato de uma side quest!

Você precisa do sapatinho em jogo, e de um príncipe, para usar o sapatinho e encontrar uma Princesa, que no caso provavelmente será a querida Cinderella. Quando ela entrar em jogo você será recompensado, devolvendo o sapatinho para o deck e ganhando 3 de Lore!

Analisando a combinação em si, The Glass Slipper é um forte tutor - termo usado para cards que buscam cards específicos no seu baralho. A limitação de usar apenas 2 cópias também é única em Lorcana, mas com razão, já que existem muitas Princesas bem fortes no jogo - Rapunzel, Gifted With Healing talvez seja o melhor exemplo. É uma ótima adição para o arquétipo de Princesas, e requer apenas 3 espaços - 2 para o Sapatinho, 1 para a Cinderella.

Embora a princípio pareça mais uma adição para o arquétipo da família Madrigal, Pepa na verdade pode cair muito bem no baralho de canções!

Além de combinar algumas características excelentes - bons atributos defensivos e custo 3 para cantar canções -, o fato de Pepa fazer com que cada canção aproxime você dos 20 pontos de Lore é uma grande vantagem. Muitas versões de Amber-Steel Songs usavam Sleepy’s Flute, um card cujos problemas - não ser tintável e não ter impacto na mesa - parecem ser totalmente resolvidos com Pepa Madrigal.

Os decks ultrarrápidos ou agressivos também ganham algumas ferramentas na edição!

Koda ameaça 3 de Lore todo turno, demandando assim uma resposta rápida do oponente, ou o pequeno urso carregará o jogo sozinho. Mas uma das maiores qualidades de Koda é justamente ser tintável, algo que muitas vezes faz falta nos baralhos rápidos, que acumulam cópias de Lilo - Making a Wish e afins na mão quando precisavam de mais 1 ou 2 de tinta para desenvolver mais o jogo.

Amethyst

A adorável - hein? - Yzma, em sua forma de gatinho, pode se revelar uma constante dor de cabeça para o adversário que não consiga ter mais cards na mão que você. Nesse sentido, Yzma se assemelha bastante a Lilo - Escape Artist.

Perceba que o efeito de Yzma não se restringe a quem tem o turno, se é banida num Challenge ou por algum efeito, enfim, basta ter mais cards na mão - algo um tanto comum para baralhos Amethyst - e você está garantido em ter um personagem barato sempre.

Este é o primeiro card do jogo com um efeito do tipo, afetando diretamente a condição de vitória dos oponentes - importante, já que muitas pessoas numa leitura inicial rápida pensam que a habilidade afeta os dois jogadores.

Novamente, vemos o design sendo explorado em novas áreas, ainda que, no fundo, seja um efeito indireto de retirar 5 de Lore do adversário. Importante destacar, também, que pela forma como está escrito, o efeito não é acumulativo - ter dois Donald Duck na mesa não irá fazer o oponente necessitar de 30 de Lore, já que o texto fixa em 25.

Parece que a cada edição aparecem novos cards que buscam viabilizar o mill deck, ou seja, um baralho que busca vencer o jogo descartando diretamente do baralho do adversário. Show Me More! é mais uma peça para o arquétipo, e talvez agora já tenhamos recursos suficientes para pensar na viabilidade da estratégia.

Emerald

O deck Emerald-Steel de descarte, centrado em Diablo - Devoted Herald, ganha em Pacha mais uma recompensa por acabar com a mão do adversário - inclusive, uma importante condição de vitória, já que se o oponente focar em Pacha, você ainda terá Diablo na mesa, e se gastar recursos para tirar Diablo, você ainda terá Pacha te colocando à frente em Lore.

Também pode combinar bem com os novos decks Emerald-Amethyst centrados em voltar e reutilizar efeitos de personagens, e com isso manter a mão maior que a do oponente. Pacha tem muito potencial!

Curiosamente, no espectro oposto a Pacha, temos aqui um card poderoso, mas que faz você perder sua mão quando jogá-lo. Claro, a ideia seria num baralho ultra agressivo, você praticamente não ter mais cards na mão quando jogar Shere Khan.

Outra possibilidade seria um deck Emerald-Sapphire com muita aceleração de tinta, para combinar Shere Khan - Infamous Tiger com Ink Geyser, renovando sua mão e minando recursos do adversário.

Esse card causou muito barulho quando foi revelado, e desde então alguns esclarecimentos foram dados pelos desenvolvedores, por isso achei interessante o destaque.

Na resolução do efeito, você irá revelar antes do oponente qual card você jogará. Ou seja, seu oponente escolherá já sabendo qual será o personagem escolhido por você.

Isso sem dúvida afeta um pouco a jogabilidade do card, que talvez passe a ser uma opção específica para decks que consigam tirar personagens maiores da mão do adversário, e então usar The Return of Hercules para acelerar algum personagem maior, enquanto o oponente fica sem opções.

Ruby

Com a variedade de efeitos que a tinta Ruby possui para preparar personagens, The Matchmaker pode ser uma ferramenta importante para baralhos mais lentos combaterem inícios rápidos dos adversários. Com seus bons atributos ofensivos, The Matchmaker pode levar 2-3 personagens do oponente e, com isso, 2-3 de Lore também, anulando efetivamente alguns Quests.

Este card cai como uma luva no arquétipo de auto-infligir dano, um baralho que abordamos recentemente em outro artigo. Talvez seja o elemento que faltava para tornar o deck competitivo, já que agora não só combinaria o controle de mesa como também o avanço da obtenção de Lore, enquanto causa dano aos próprios personagens.

Sapphire

Do ciclo de Coils, o Sapphire talvez seja o mais eficiente - sem dúvida, é o que mais tem potencial competitivo. Como essa cor de tinta consegue colocar mais de uma carta na reserva todo turno, será frequente conseguir reduzir o poder dos personagens adversários mais de uma vez, o que os colocaria no alcance de cards como Brawl ou Sisu - Empowered Sibling.

A nova Belle é, talvez, o melhor personagem de primeiro turno do jogo - desde que você tenha, claro, um Pawpsicle na mão inicial também. Embora permita inícios bastante agressivos para decks Sapphire, esse não é exatamente o foco dessa cor de tinta - por isso, talvez Belle seja um card que incentive novos arquétipos!

Falando em novos arquétipos, Lucky é uma das adições na cor Sapphire para o baralho dos 101 Dálmatas, que provavelmente será a cor escolhida junto de Amber para o futuro.

Lucky tem efeito similar ao seu card em Amber, Lucky - The 15th Puppy, e com isso gera mais consistência ao deck pela redundância de efeitos.

Steel

Gantu é uma hate card - um card que pune determinados arquétipos - como poucas que existiam no jogo até agora. Em um mesmo personagem, temos um efeito anti-canções, anti-itens e anti-ações ao mesmo tempo, com a grande desvantagem no fato de ser não-tintável. É o tipo de card que todo baralho com acesso a Steel pode querer usar 1 ou 2 cópias, dado seu potencial de travar todo o jogo do adversário.

O pai de Mulan fortalece os decks voltados a combater a mesa do adversário, e em combinação com cards como Calhoun - Marine Sergeant podem fazer você ganhar mais Lore duelando do que fazendo Quest! Importante que o efeito dele já funcionaria no mesmo turno que você o joga - desde que tenha personagens disponíveis para fazer os desafios, claro.

Multicor

Uma versão poderosa de Belle, com potencial de gerar seis de Lore no mesmo turno em que é jogada. A combinação Ruby/Sapphire, em especial o arquétipo focado em itens, ganha um card muito forte, e ainda por cima tintável!

Efeitos que preparam personagens sem restrições, do tipo não poder fazer Quest até o fim do turno, ainda são raros em Lorcana. O que dizer, então, de um efeito repetitivo de preparar personagens?! Mr Smee tem um potencial imenso, ainda que restrito a Emerald-Steel, mas o fato de sequer precisar de um baralho inteiro de piratas - já que ele mesmo pode ser alvo da habilidade - provavelmente o fará entrar em listas mais competitivas.

Mais um card que solidifica o arquétipo de 101 Dálmatas na combinação Amber-Sapphire, Perdita não só protege seus personagens Puppy como também ajuda a encher a mesa com eles. Combina perfeitamente com Lucky, que falamos anteriormente, e ainda por cima é um card tintável!

Um personagem cujo card era muito esperado há algumas edições, Mushu enfim surge em Lorcana, pronto para trazer desonrar as vacas! Brincadeiras à parte, o Dragão de Mulan solidifica Ruby-Steel no arquétipo de duelo, permitindo o controle de mesa concomitante com o avanço de Lore. Será um card essencial para estratégia - e, como de praxe, temos que destacar o fato de ser tintável, o que traz muita flexibilidade no uso.

E com isso concluímos nossa análise inicial da edição! Archazia’s Island mostra diversos cards com designs inovadores para o jogo, efeitos diferenciados e também desenvolvendo arquétipos já existentes.

Tudo indica que será uma edição capaz de balançar o metagame competitivo - e com a expectativa para o anúncio do Mundial de Lorcana, pode trazer muita inovação nos decks!

E você, o que achou da edição? Que card mais chamou sua atenção? Compartilhe com a gente!

Abraços e até a próxima!